A paradisíaca Ilha do Francês está localizada na região norte de Florianópolis, entre as praias de Jurerê e Canasvieiras. Destino muito apreciado por quem curte a paz e o contato com a natureza distante da badalação de praias lotadas de turistas e vendedores ambulantes, tornando-a exclusiva para os afortunados navegantes.
Distante aproximadamente 1 km da costa, esta ilhota de águas sempre abrigadas e quentes é formada predominantemente por uma densa mata atlântica cercada por costões de pedra e duas pequenas praias que transformam seus 67 mil m² num verdadeiro retiro ecológico de espécies animais e vegetais.
A praia principal, localizada na face sul da ilha tem aproximadamente 60 metros de extensão e até 8 metros de largura, com características de praia de baía, mar manso, águas claras, areia média amarelada e declividade suave, cercada por formações de pedras que se projetam mar adentro, dando bom abrigo em dias de ventos norte/nordeste.
A ilha do Francês apresenta excelentes locais para prática da pescaria, além de muita diversão para as crianças explorarem a área em busca de peixes e outros animais marinhos.
Em todos os cantos da ilha existem bons locais de abrigo para os navegantes, que permitem proteção contra ventos de praticamente todos os quadrantes. Isto é muito útil, uma vez que o clima na região muda rapidamente e sem aviso prévio principalmente no Verão.
Suas pequenas enseadas são um destino muito procurado pelas embarcações devido às suas águas quentes e calmas. É um ótimo lugar para aproveitar a tranquilidade do mar com um churrasco a bordo ou curtindo a ilha em um Stand-up Paddle.
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Como chegar?
Se você não é um esportista com excelente preparo físico evite ir a nado ou remando. É muito comum mudar o vento ao longo do dia e o retorno à praia se tornar um problema, ainda mais quando se está cansado de um dia inteiro no mar.
E pra você que não é um feliz proprietário de uma embarcação, ou ainda não foi convidado por alguém eu vou lhe mostrar algumas opções acessíveis e seguras para conhecer a Ilha:
Aluguel de Lancha
Se você procura por privacidade e conforto com uma excelente relação custo-benefício, opte pela locação de lancha. Existem várias opções de modelos disponíveis, desde pequenos botes infláveis até luxuosos iates com várias suítes e ambientes totalmente climatizados.
O barco e a tripulação ficam à disposição dos clientes pelo período contratado. Também é possível trazer bebidas e alimentos para fazer um churrasco a bordo ou contratar um serviço completo, que se encarregará de transportar, preparar e servir os itens escolhidos com direito até a Chef de Cozinha!
Os destinos a serem visitados são combinados previamente e os locais de embarque podem ocorrem em trapiches (píeres), marinas e até mesmo em algumas praias mais abrigadas da região.
Eu recomendo fortemente a Magic Boats Aluguel de Lanchas. Eles tem inúmeros modelos de embarcações disponíveis entre 21 e 74 pés sempre mantidas em ótimo estado de conservação, com manutenções em dia e conduzidas por marinheiros experientes, bem treinados e muito atentos ao conforto dos passageiros e a todas as normas regulamentares e de segurança da navegação.
Alugar uma lancha é uma excelente forma de aproveitar ao máximo um dia de lazer no mar com toda segurança e tranquilidade. Optando pela locação você não terá custos de aquisição, marina, conservação e manutenção, nem terá trabalho nenhum. É só ligar, reservar e curtir um dia inesquecível!
Barco Pirata
Uma das formas mais populares de conhecer a Ilha do Francês é fazendo o passeio dos barcos piratas que saem diariamente do Trapiche de Canasvieiras.
São escunas que transportam até 200 passageiros e se deslocam mais lentamente percorrendo roteiros predefinidos pelas praias da região norte de Floripa e Baía dos Golfinhos.
Os passeios duram entre 2 e 4 horas, dependendo do roteiro escolhido e cada barco pirata faz o trajeto até 3 vezes por dia na alta temporada. Os passeios sempre são animados por piratas e dançarinas que apresentam um show enquanto o barco navega.
Esta é uma das opções mais procuradas para fazer um passeio pelas praias do norte de Floripa.
Canoa Havaiana
A forma mais esportiva de chegar a Ilha é fazendo o passeio da KANALOA VA’A . Eles são uma escola de Canoagem Havaiana fundada em 2003, que forma remadores e difundindo a cultura polinésia. E uma de suas bases fica localizada na praia de Canasjurê, bem pertinho da Ilha do Francês.
Acesse o site deles CLICANDO AQUI e saiba mais sobre esta opção incrível de lazer.
Localização
A Ilha está localizada entre as Praias de Jurerê e Canasvieiras. Para chegar na prainha localizada na face sul marque em seu GPS as seguintes coordenadas (WGS-1984):
48°28’39.9″W 27°25’03.3″S
Distâncias aproximadas até a Ilha do Francês
Trapiche de Jurerê: 1,4 NM
Trapiche de Canasvieiras: 2,3 NM
Praia de Ponta das Canas: 3,3 NM
Santo Antônio de Lisboa: 9,1 NM
Canal da Barra da Lagoa: 20,5 NM
Iate Clube Veleiro da Ilha (Centro): 15 NM
Biguaçu: 10,5 NM
Enseada de Ganchos: 10,1 NM
Porto Belo: 24 NM
Balneário Camboriú: 30,6 NM
Segredos revelados
Você sabia que a ilha tem diversos lugares escondidos espetaculares que pouca gente conhece?
O lado norte da Ilha tem uma pequena calheta com formações rochosas espetaculares, que além de ótimo abrigo em dias de vento sul fraco a moderado, é também um excelente ponto para mergulho e pesca.
Já no lado sul, no canto direito da praia principal há um caminho escondido para uma prainha deserta que fica voltada de frente para Canasvieiras. Esta praia é pouco visitada pois as embarcações não conseguem chegar muito próximo a ela devido ao fundo cheio de pedras.
Vale a visita, pois a sensação de descobrir um lugar quase inexplorado é maravilhosa. E a dica é levar calçados para não machucar os pés na pequena trilha entre as praias.
História da Ilha do Francês
Sua história revela também fragmentos da história de Florianópolis e pode ser contada através das sucessivas trocas de proprietários, desde 1884 – data do primeiro registro de ocupação, encontrado na Delegacia do Patrimônio da União em Santa Catarina.
Nesta época era chamada apenas de Ilhota. O porto da Igreja Matriz da Freguesia de São Francisco de Paula de Canasvieiras era seu principal ponto de referência.
Sobre a origem do nome que consta nas cartas náuticas atuais – Ilha do Francês – não há documentos. Num artigo publicado numa revista local, o jovem remador ilhéu Celso Perrone (morto aos 33 anos, em 1949) menciona:
“…dizem que seu nome, como é fácil de deduzir, proveio do fato de ter sido habitada há cerca de um século por um veterano da Grand Armée de Napoleão Bonaparte e que emigrara após a derrota de Waterloo.”
Em 1900, o escritor catarinense Virgílio Várzea (1863-1941), nascido na freguesia de São Francisco de Paula de Canasvieiras, abandonou a linguagem descritiva que usou para descrever as ilhas adjacentes à Ilha de Santa Catarina (no seu livro “Santa Catarina, a Ilha”) e deixou-se levar pela poesia e mitos gregos para descrever a Ilha do Francês:
“…cerca de 600 metros ao mar da ponta de São Francisco, alteia-se a ilhota dos Franceses, ou simplesmente a Ilhota, como aí a denominam vulgarmente. De uma paisagem encantadora e cercada de altos rochedos, dispostos com suprema arte pela natureza, rochedos que se alongam como aríetes estranhos sobre as ondas tocadas de espuma – a ilhota dir-se-ia um desses pequeninos torrões do arquipélago odisseu, onde deusas e ninfas olímpicas viviam, em tempos lendários…”
Vários nomes para uma mesma ilha
A Ilha do Argentino
Após a morte de Williamson, em 1938, a posse passou para Antônio Muniz Barreto, argentino de origem brasileira. Responsável pelo auge da beleza da Ilha do Francês, incrementou o orquidário criando jardins com flores raras importadas. Entre elas, a orquídea elegante, uma variedade totalmente branca.Contam os moradores antigos de Canasvieiras que o argentino era um milionário apaixonado pela Ilha. Seu desejo era morrer e ser enterrado lá. Vinha só para passar as férias, mas carregava consigo todo um aparato – mordomo, copeira, empregados, etc. Quando envelheceu e adoeceu, os filhos não o trouxeram mais para o local. Um dos ex-empregados do argentino conta que pouco antes de morrer teve seu desejo de voltar à ilha atendido. Ele chorou como criança ao descer na praia. José Xavier de Brito, ou Seu Zeca como é chamado, ainda se emociona ao lembrar desta linda história. Atualmente a Ilha pertence aos netos do argentino.
Referências:
Site: http://professorpizarro.blogspot.com/2009/03/ilha-do-frances.html
Postagem no Facebook do perfil @floripaantiga: https://www.facebook.com/floripaantiga/posts/1108762439145923/